segunda-feira, 20 de setembro de 2010

DISTÚRBIOS DO SONO EM CRIANÇAS

Os pais de crianças obviamente acham os períodos de sono
do filho uma maravilha, particularmente quando ele evolui
para um padrão em que há uma longa noite sem acordar.
Porém, a irregularidade no padrão de sono da criança
pode ser sintoma de alguma desorganização ou problema.

Em cada idade o sono tem características diferentes. O recém-nascido, por exemplo, dorme de dezesseis a vinte horas por dia, enquanto o jovem adulto dorme oito e o idoso apenas seis ou sete horas.

O sono do bebê é mais longo e diferente do sono dos adultos. Os pais costumam notar que seus filhos são ativos e expressivos mesmo quando estão dormindo. Produzem uma variedade de expressões faciais, incluindo sorrisos, caretas e outras. Também fazem ruídos e movimentos. Isso ocorre pois, nos bebês, o processo de inibição das atividades motoras ainda não está amadurecido.

Para a maioria dos pais, um grande marco da infância é a primeira vez que o filho dorme durante uma noite inteira. Em geral, isso não acontece antes dos três meses de idade. Entre três meses e um ano, a criança estabiliza seus hábitos de sono, mas ainda não de forma contínua, pois a maioria costuma acordar pelo menos uma vez, exigindo a atenção dos pais.

Os distúrbios do sono estão às vezes relacionados com angústia de separação (a noite é o momento por excelência no qual, ao acordar, a criança tem consciência de estar sozinha) e/ou como resultado de uma mudança nas circunstâncias da família que submete a criança a uma tensão extra.

Muitas vezes, as crianças apresentam dificuldades para dormir porque tem medo de sonhos maus. Isso está em parte relacionado com a forma como elas se apegam a uma espécie de crença em mágica, realidade e fantasia não estão totalmente diferenciadas nas suas mentes. Muitos contos de fadas são a própria matéria dos pesadelos das crianças.

Algumas técnicas que ajudam a criança dormir:

  • Estabelecer um ritual associado à hora de ir dormir: dar um copo de leite, vestir o pijama, contar uma história, cantar uma canção de ninar etc...

  • Deixar acesa uma luz bem fraquinha. Não é raro a criança se sentir abandonada quando não consegue enxergar os objetos familiares no quarto escuro.

  • Dar para a criança o que os psicólogos chamam de "objeto de transição": um bicho de pelúcia, um travesseiro ou uma fralda. A função do objeto de transição é suavizar o momento de separação dos pais na hora de ir para a cama. Este objeto transmite uma sensação de calor, conforto e segurança.

  • Não dar achocolatados e refrigerantes antes da criança dormir.

  • Não ficar disponível demais para a criança durante a noite. Se ela fizer manha ou chorar, espere um pouco antes de entrar no quarto.

A falta de sono em crianças nem sempre causa sonolência durante o dia, podendo apresentar um conjunto de sintomas muito enganador: o de hiperatividade, dificuldade de relacionamento, irritabilidade e agressividade. Em geral, não conseguem se concentrar quando interagem com adultos e na escola.

Quando o distúrbio do sono passa a ser freqüente, prejudicar a dinâmica familiar e resultar nestes sintomas já citados acima, é importante que os pais primeiramente procurem um médico para descartar a possibilidade de qualquer doença orgânica. Sendo esta hipótese descartada, é indicado procurar ajuda de um psicólogo para poder ser trabalhado o fator emocional que está prejudicando o sono da criança.

Dra. Daniela Levy (CRP 06/58195-8)

http://www.clubedobebe.com.br/

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