O aspecto mais afetado na vida das adolescentes que engravidam é o social, indica pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Também foi constatado entre essas jovens índice maior de evasão escolar e baixa inserção no mercado de trabalho.Com o objetivo de medir o impacto da gravidez precoce na qualidade de vida, os pesquisadores acompanharam por seis meses 116 adolescentes, mães e não mães, atendidas no ambulatório de Planejamento Familiar da Unifesp. Foram avaliados quatro aspectos: físico (dor, sono e uso de medicamentos), psicológico (autoestima e imagem corporal), ambiental (lar, recursos e lazer) e social (relações pessoais, suporte e apoio). Segundo a principal autora do trabalho, Ana Claudia Campos, o impacto foi significativo apenas no domínio social. “Quando a menina engravida, geralmente vai morar com o companheiro e perde o suporte da família. Além disso, grande parte do apoio que ela tem está na escola, nos amigos. Mas a maioria acaba abandonando os estudos”, explica.Apenas 30% das 40 mães pesquisadas frequentam a escola. Entre as não mães, o índice sobe para 76%. Foi identificado que 57,5% interromperam os estudos por causa da gravidez e só 27,5% retornaram. Além disso, 75% das mães não trabalham e 37% afirmam que têm como ocupação cuidar dos filhos. Entre as que não são mães, 63,2% não trabalham, mas a razão principal para 45% é o estudo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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